Edir Macedo já teve uma biografia, escrita pelos jornalistas Douglas Tavolaro e Christina Lemos, da TV Record, publicada em 2007. Agora, em coautoria com Tavolaro, o líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da emissora resolve contar suas memórias em primeira pessoa, e em três volumes. O primeiro, "Nada a Perder", foi lançado há pouco mais de um mês, em agosto. Boa parte das 288 páginas da obra são permeadas por críticas à Igreja Católica. O religioso escolheu abrir o livro relatando sua prisão, em 1992, sob a acusação de charlatanismo, curandeirismo e estelionato. E já na terceira página faz referência aos católicos, um dos alvos constantes das pregações da Universal e a quem responsabiliza pela detenção.
"O Clero Romano mandava e desmandava no Brasil, mais do que nos dias de hoje (...) A Cúria não admitia o surgimento de um povo livre da escravidão religiosa imposta por eles", escreve Macedo.
Há ainda referências às denúncias de pedofilia que rondaram o ambiente católico recentemente e o relato de quando se tornou evangélico e destruiu aos gritos de "desgraçados" as imagens de santos que até então usava como amuletos. Mas nem todos os "vilões" são católicos.
Sem dar os nomes, o bispo dispara contra desafetos como Valdemiro Santiago, ex-Universal do Reino de Deus e hoje líder da Mundial do Poder de Deus, que está tirando fiéis de sua denominação. Assim como já vem fazendo em cultos, Macedo compara os dissidentes a demônios. Sobra também para o cunhado R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, que dividiu a liderança com Macedo na fundação da Universal e foi destituído numa votação após divergências sobre o rumo da igreja. (Folha de S.Paulo)
Fonte: blog do Magno Martins
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