Dia da Igreja Perseguida!

quinta-feira, 21 de março de 2019

‘A ciência não mata Deus’, afirma físico brasileiro

Marcelo Gleiser

O prêmio Templeton, que recompensa a cada ano uma personalidade que explora “a dimensão espiritual da vida”, foi concedido nesta terça-feira (19) ao físico teórico brasileiro Marcelo Gleiser, que se esforça para mostrar que a ciência e a religião não são inimigas.
O professor de Física e Astronomia, especializado em Cosmologia, nascido no Rio de Janeiro há 60 anos e que mora desde 1986 nos Estados Unidos, não acredita em Deus. Ele é agnóstico.
“O ateísmo é inconsistente com o método científico”, afirmou Gleiser à AFP na segunda-feira no Dartmouth College da Universidade de New Hampshire, onde é professor desde 1991.
“O ateísmo é uma crença na não-crença. Então você nega categoricamente algo contra o qual você não tem provas”, acrescentou.
“Mantenho a mente aberta, porque entendo que o conhecimento humano é limitado”, completa o cientista.
O prêmio Templeton é financiado pela fundação do falecido John Templeton, um americano presbiteriano que fez fortuna em Wall Street. Dotado com 1,1 milhão de libras esterlinas (quase 1,5 milhão de dólares, 50% a mais que o Nobel), já foi recebido desde 1973 por Desmond Tutu, o Dalai Lama, filósofos, outros astrofísicos, Alexander Solzhenitsyn, entre outros.
Com cinco livros em inglês e centenas de artigos em blogs e na imprensa dos Estados Unidos e do Brasil, Gleiser explica de que maneira ciência e religião estão direcionadas para responder perguntas muito similares sobre a origem do universo e da vida.
“A primeira coisa que você lê na Bíblia é uma história da criação”, afirma. Judeus, cristãos, muçulmanos: independentemente da religião, “todos querem saber como o mundo surgiu”.
Esta curiosidade fundamental, científica ou religiosa, leva, sem dúvida, a respostas diferentes. O método científico é feito de hipóteses refutáveis, o que não acontece com as religiões.
“A ciência pode dar respostas a certas questões, até um certo ponto”. O que são o tempo, a matéria, a energia? As respostas científicas são válidas apenas em um âmbito teórico.
“Este é um problema conhecido na filosofia por muito tempo, chamado de problema de primeira causa: ficamos presos”, afirma Gleiser, pai de cinco filhos.“Devemos ter a humildade para aceitar que estamos cercados de mistério”.
“Arrogância” científica
Gleiser já escreveu sobre mudança climática, Einstein, furacões, buracos negros, a consciência… Seu credo é rastrear os vínculos entre a ciência e as humanidades, incluindo a filosofia.
O que ele pensa dos que acreditam que a Terra foi criada em sete dias?
“Eles consideram a ciência como o inimigo, porque têm um modo muito antiquado de pensar sobre ciência e religião, no qual todos os cientistas tentam matar Deus”, disse.
Gleiser lamenta que os “novos ateus” tenham ampliado a distância com a religião, especialmente o cientista britânico Richard Dawkins (que pediu a prisão do papa Bento XVI pelos casos de pedofilia na Igreja católica), ou o falecido jornalista Christopher Hitchens, que criticava a Madre Teresa (a primeira a receber o prêmio Templeton).
Para Gleiser, que cresceu na comunidade judaica do Rio de Janeiro, a religião não é apenas a crença em Deus: dá um senso de identidade e comunidade.
“É extremamente arrogante para os cientistas descer de suas torres de marfim para fazer estas declarações sem compreender a importância social dos sistemas de crenças”, opina.
“Quando você ouve cientistas muito famosos fazendo declarações como… a cosmologia explicou a origem do universo e de tudo, e nós não precisamos mais de Deus. Isso é um completo nonsense”, acrescenta.
“Porque nós não explicamos a origem do universo em absoluto”, conclui.
Fonte: AFP via IstoÉ

sábado, 16 de março de 2019

Projeto de Lei quer tornar obrigatória a leitura da Bíblia no início das aulas


Do Adiberj/Com informações do Gospel Prime.

O vereador de Balneário Camboriú Omar Tomalih (PSB) apresentou um projeto de lei que visa tornar obrigatória a leitura de trechos da Bíblia antes do início das aulas em escolas municipais.
A Procuradoria do legislativo municipal e a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Casa deram parecer favorável ao texto que seguiu para a votação em plenário, ainda sem data marcada.
Ao justificar seu projeto, Omar diz que a “Bíblia é um manual que está em mais de 90% dos lares brasileiros, onde ela prega valores, princípios e bons costumes”.
Segundo ele, a leitura do Livro Sagrado para os cristãos não é pregar religião. “Nós queremos que seja criada uma nova geração, baseada nesses valores e nesses princípios”.
Mas entre seus próprios colegas de partido a proposta é rejeitada, tanto que o vereador Lucas Gottardo (PSB) apresentou um projeto para substituir a leitura da Bíblia pela leitura da Constituição Federal.


sexta-feira, 15 de março de 2019

A propósito de Suzano.

(Foto: Reprodução)

Direto ao assunto: Você acha que se aqueles matadores tivessem amor a Deus fossem pessoas convertidas a Jesus, teriam feito o que fizeram? De jeito nenhum, tenho certeza.

     O ocorrido nos aponta para o fato de que arma na mão do povo é algo extremamente preocupante. Não seria o caso de o presidente repensar o tema da liberação de arma na mão do povo e partir para outra opção mais viável e humana? Por exemplo: mudar o sistema penitenciário para, em vez de repressivo, castigador, ser um sistema educativo, libertador? E, simultaneamente a essa medida entrar em acordo com a CNBB e outras lideranças religiosas para a realização de uma educação cívica, religiosa, eficaz e profunda? Sinto que este é o caminho para termos um povo rico e feliz.

Ninguém se engane: sem Deus, sem uma verdadeira conversão não tem jeito que dê jeito.

     “Sem mim, nada podeis fazer”  (Jo 15,1). Não adianta teimar! Governo e Igreja têm que trabalhar juntos e trabalhar com mútuo respeito e vontade sincera de acertar. Na justiça e no amor teremos a tão desejada Paz (Is 32,17).

Texto do Monsenhor Guilherme Gomes da Silva.

7º Encontro dos Adoradores do Rei Acontece em Surubim


Do Noticia Agora.


A igreja Missionaria Adoradores do Rei realiza neste sábado (16) e domingo (17) o 7º Encontro dos Adoradores do Rei na cidade de Surubim.

A festa acontece no templo da igreja localizada na vila de Jacó próximo a PE 90 a partir das 19h. Este ano o tema da festividade é: Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem: mas para nós que somos salvos é o poder de Deus. 1º Coríntios 1.18.

Participam do evento o ministério chamados a adorar, mulheres missionarias cristãs, pérolas divinas e jovens reflexo de cristo e ainda caravanas de outras igrejas da região.

No sábado pregando a palavra de deus pastor Wagner Frazão da Igreja Batista doze colunas e no domingo a ministração da palavra fica por conta do pastor José Emídio. Todos estão sendo convidados para este momento especial de adoração a Deus promovido pela Igreja Missionaria Adoradores do Rei.

terça-feira, 12 de março de 2019

Os filhos de Deus e o mundo


“Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.” (1 João 3.1)
Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. É o que João escreveu. O que ele teria pretendido dizer com isso? As vezes habita o coração e é demonstrado na atitude do crente, uma certo distanciamento dos outros. Em conversas e pregações dentro do círculo crente (tomo o termo “crente” para significar nós, evangélicos), é frequente uma referência ao mundo e aos do mundo num sentido de distinção e distância. Creio que o significado de João envolva a ideia de diferença. Há uma diferença entre os que creem e experimentam o grande amor de Deus e os que ainda não o fizeram.  Os escritores bíblicos afirmam que essa experiência torna-nos filhos de Deus, há uma nova vida, novas perspectivas e possibilidades. Nesse sentido, nem todos são filhos de Deus, pois nem todos creem e experimentam o grande amor de Deus.
O que cria essa distinção entre “filhos de Deus” e “o mundo”, não é a seleção dos melhores e desprezo dos piores. Também não se trata dos que merecem e dos que não merecem. Os “filhos de Deus” também são pecadores e neles não há méritos algum. Não há impedimento e nem um limite de vagas, de modo que nem todos possam ser “filhos de Deus”. Talvez ainda não sejam porque ainda não entenderam essa possibilidade, ainda não ouviram ou não deram ouvidos à proposta do Evangelho de Jesus. João diz que os que são do mundo não conhecem os filhos de Deus, pois não conhecem aquele que torna pecadores em filhos de Deus. Diante disso, qual a responsabilidade dos que são chamados filhos de Deus? Muitas. Se você é filho de Deus, se já foi envolvido pelo grande amor de Deus, tem responsabilidades para com o mundo.
Você tem a responsabilidade de demonstrar e testemunhar a todos, ainda que não seja compreendido, o maravilhoso amor de Deus. Tem a responsabilidade de não discriminar, rejeitar ou afastar-se, como se fosse “o especial” e “santo” desviando-se dos “comuns” e “pecadores”. O mundo não conhece os filhos de Deus porque não conhece o amor que os tornou filhos. Mas todos os filhos de Deus conhecem o mundo, sabe o que significa viver sem o amor de Deus. Seja por experiência, seja por inferência. O mundo não pode compreender o filho de Deus, mas o filho de Deus pode compreender o mundo. E aí está sua responsabilidade: ser luz e sal em meio ao mundo (Mt 5.13-14). Veja, se você conhece a graça e o amor de Deus, se foi perdoado e tem esperança eterna, tudo resulta do grandioso amor de Deus. Não haja como se fosse melhor ou superior. Não haja como  um presunçoso religioso. Haja como um pecador agradecido. Partilhe com outros o amor que tem mudado sua vida! Ajude outros a conhecem o que ainda não conhecem!


sábado, 9 de março de 2019

Surubim: Assembleia de Deus do Planalto realiza celebrações especiais neste final de semana


Do NoticiaAgora.
(Reprodução/Divulgação)
A Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Surubim realiza neste sábado (09) e domingo (10) cultos especiais de adoração a Deus na congregação do Bairro Planalto.

No sábado a celebração começa às 19h e conta com o grande coral de jovens da igreja e grupos de louvor locais. Também participa do momento a cantora Salete Silva e ministrando a Palavra de Deus o Auxiliar Júnior Alves.

Já no domingo o culto começa às 19h e também participam o grande coral de jovens, a cantora Salete Silva e o cantor Anderson. Pregando a Palavra de Deus o Presbítero Israel do Recife.

O culto do domingo que é realizado no Templo Matriz localizado na Avenida São Sebastião foi transferido para o templo do Bairro Planalto devido o Desfile de Carnaval da cidade.

Todos estão sendo convidados para participar do encontro religioso, sendo esta uma ótima oportunidade para quem não participa das festas carnavalescas do município.

A Assembleia de Deus em Surubim tem a direção geral do Pastor Ailton José Alves e a coordenação local do pastor Amaro Januário. No Planalto a Congregação é supervisionada pelo Presbítero Antoniel Gomes.

Por Sérgio Ramos/Radialista e Blogueiro – 09/03/2019

quarta-feira, 6 de março de 2019

Convenção do Maranhão proíbe pregadores e cantores de ministrar em outras igrejas


Blog do Cleiton Albino.

(Reprodução/Divulgação)

Convenção dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Maranhão (COMADESMA) tomou uma decisão polêmica no final de fevereiro: restringir a saída de pregadores e cantores de seu quadro para ministrarem em outras igrejas. A decisão foi assinada pelo pastor presidente, o deputado José Alves Cavalcante.


Na “Nota informativa” enviada às igrejas e líderes da Convenção, assinada dia 28 de fevereiro, a recomendação é de que os obreiros, líderes e igrejas, ligadas à convenção, em hipótese alguma, devem “apoiar trabalhos divergentes ou dissidentes da Comadesma.”


Em caso de descumprimento da norma, os responsáveis serão punidos: “os obreiros ou membros que apoiarem tais trabalhos, estarão impedidos de exercer ministério (cantar ou pregar) nas Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus Comadesma.”


A nota frisa ainda que em se tratando de ministro a pena será maior, conforme reza o estatuto.


O motivo da decisão da Comadesma ainda é desconhecido.

Leia a nota abaixo que enviada ao Plantão Gospel.


Críticas 

Na internet, evangélicos criticaram a decisão da Convenção.

“Meu Deus até que ponto vai chegar essas decisões absurdas”, disse um.

“O excelentíssimo Senhor Deputado Estadual, esqueceu-se que na próxima eleição vai precisar novamente das outras igrejas para o colocá-lo novamente em São Luis. Aí está liberado tudo com “AR”. Pregar, cantar, profetizar, ofertar, dizimar e até 
VOTAR”


“Fundamentado em qual livro da bíblia mesmo? só para saber!”, questionou outro fiel.


”É só cercar o ministério COMADESMA, NÃO SE VAI E NÃO SE VEM.”, sugestionou mais um, criticando a decisão.

segunda-feira, 4 de março de 2019

Acampamento Peniel: Cristãos Evangélicos usam seus Dons a serviço do Reino de Deus em Passira/PE

(Reprodução/Divulgação)

Carnaval é um período que muitas pessoas se esbaldam sobre o pretexto de que trabalham tanto e tem direito de extravasar nestes dias de folia carnavalesca. Mas outros optam por não dá vazão ao Carnaval, que significa “Festa da Carne”.

Em sendo assim, os irmãos (a) da Igreja Aviva fé no município de Passira, agreste de Pernambuco, contando com a presença do pastor e irmãos (a) da Aviva fé Surubim e também da Igreja Batista da Região Metropolitana do Recife, invadiram no bom sentido da palavra, o município, e estão usando seus Dons e deixando-se usar por Deus para anunciar o plano de Salvação do Senhor Jesus aos moradores do lugar.

Uma maneira diferenciada da forma e maneira que muitos estão acostumados ver “CRENTES” evangelizar, os servos e servas de Deus, realizam durante todo este momento momesco, o cumprimento do IDE mandado e delegado ao homem por Deus.

Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes. Tiago 1: 17



De acordo com o Instituto Cristão de Pesquisas (ICP); A palavra carnaval deriva da expressão latina carne levare, que significa abstenção da carne. Este termo começou a circular por volta dos séculos XI e XII para designar a véspera da quarta-feira de cinzas, dia em que se inicia a exigência da abstenção de carne, ou jejum quaresmal. Comumente os autores explicam este nome a partir dos termos do latim tardio carne vale, isto é, adeus carne, ou despedida da carne; esta derivação indicaria que no carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias do jejum quaresmal - outros estudiosos recorrem à expressão carnem levare, suspender ou retirar a carne:
 O Papa São Gregório Magno teria dado ao último domingo antes da quaresma, ou seja, ao domingo da qüinquagésima, o título de dominica ad carnes levandas; a expressão haveria sido sucessivamente abreviada para carnes levandas, carne levamen, carne levale, carneval ou carnaval – um terceiro grupo de etmologistas apela para as origens pagãs do carnaval: entre os gregos e romanos costumava-se exibir um préstito em forma de nave dedicada ao deus Dionísio ou Baco, préstito ao qual em latim se dava o nome de currus navalis: de onde vem a forma carnavale.

A palavra do Senhor nos adverte a não sermos ignorantes, a respeito dos dons espirituais, e que saibamos caminhar no caminho do amor com dedicação.

Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes. 
1 Corintos 12:1

Não negligencie o dom que foi dado a você por mensagem profética com imposição de mãos dos presbíteros.  1 Timóteo 4:14


domingo, 3 de março de 2019

Desfile da Gaviões da Fiel traz luta de Satanás contra Jesus


GospelPrime


O desfile da escola de samba Gaviões da Fiel este ano encerrou a segunda noite do Carnaval de São Paulo em meio a polêmicas. Reeditando o samba-enredo de 1994, “A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente”, trouxe várias representações religiosas para a avenida, embora o objetivo seria contar uma lenda árabe sobre o surgimento do café.
Elogiado pelos comentaristas da TV e nas redes sociais, a performance também gerou muitas críticas. Em especial por conta da representação da ‘batalha do bem contra o mal’ onde Satanás e seus demônios confrontavam Jesus e seus arcanjos.
Embora o tema fosse o café, a religiosidade deu o tom. No terceiro carro alegórico havia uma gigante escultura de Oxalá, com pretos velhos e Exus nas laterais e um enorme São Jorge, padroeiro do clube e da escola de samba no topo.
Em outros carros alegóricos, figuras de Satanás, associado à serpente, que teria enganado Santo Antão, conforme o tema proposto para o samba-enredo.
Contudo, a representação de Antão com as características geralmente atribuídas a Cristo gerou debate. Em especial no momento em que ele é aparentemente derrotado pelo diabo.


Para usuários das redes sociais ficou evidente que a representação era de Jesus, embora a escola alegue que era de Santo Antão, um monge cristão que viveu no Egito no século III.
Primeiramente porque logo atrás da comissão de frente havia uma alegoria do santo com uma representação de um homem careca e com roupas longas, bem diferente dos passistas que carregava uma coroa de espinhos na cabeça e com apenas um tecido enrolado no quadril.
Além disso, o momento onde ele cai, com os braços estendidos em forma de cruz e o passista que interpreta o Diabo coloca o tridente sobre o ‘santo’ remete a uma postura vitoriosa do mal, o que incomodou muitos cristãos.
Explicação do enredo
Segundo o site da SASP, a comissão de frente “conta a história de Santo Antão que testado constantemente pelos Soldados do Mal, encontrou uma serpente fragilizada e cuidou dela, mas acabou traído pela mesma. Santo Antão livrou-se da traiçoeira serpente e, com a luz dos anjos do bem, extraiu o seu veneno. Chupou a ferida em seu braço. Cuspiu no solo infértil e ali surgiu – de forma mágica e vigorosa – ramos de tabaco. Assim teria surgido o tabaco e prevalecia a fé em Jesus Cristo. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Wagner e Adriana, representaram a força da fé no norte da África, é o encontro das crenças cristãs e muçulmana no deserto africano. O carro abre alas da escola representou os delírios de Santo Adão quando era perseguido pelos pensamentos do diabo, O Delírio do Santo e a Peregrinação no Deserto Africano”.


sábado, 2 de março de 2019

AOS CRISTÃOS QUE BRINCAM E AOS QUE ABOMINAM CARNAVAL


Por Hermes C. Fernandes.

CARNAVAL. Quando eu era criança, era inadmissível que um cristão sequer pensasse brincar carnaval. Aquela era a festa pagã por excelência. Por isso, se quisesse saber se alguém estava ou não firme na igreja ou desviado (como se costumava dizer), bastava verificar se ele pularia carnaval naquele ano. Lembro-me de alguns que se ‘desviavam’ pouco antes do Carnaval, e se reconciliavam com a igreja pouco depois.

Hoje as coisas são diferentes. Já há até blocos carnavalescos gospel. Portanto, ninguém precisa se desviar para brincar. E ainda por cima, se sai bem com a sua consciência, alegando tratar-se apenas de uma estratégia evangelística. A gente "ganha almas" e ainda se diverte. Quer coisa melhor?
Creio haver posturas bem diferentes concernentes à relação do cristão com o Carnaval.

A primeira é a clássica. Cristão não pula Carnaval e ponto. Não se fala mais nisso. Para muitos que adotam tal postura, o Carnaval não é apenas a festa da carne, mas também dos demônios. Por isso, preferem se abster completamente. Não assistem aos desfiles das escolas de samba nem pela TV. Mantêm as janelas da casa fechadas para não verem os blocos passarem. Muitos aproveitam para viajar com a família, se possível, para lugares onde não haja nem cheiro de Carnaval. Outros, vão para os retiros promovidos pelas igrejas. Respeito profundamente quem adote esta postura, mesmo porque, esta foi a minha postura durante maior parte da minha vida. Nasci e cresci em berço evangélico. Nunca pulei Carnaval. Mas durante a adolescência, não pude evitar dar uma espiadinha no que acontecia na avenida e nos bailes televisionados pelas madrugadas em busca do que pudesse saciar minha curiosidade juvenil.

O problema da proibição é que ela atiça. A psicologia está aí para comprovar isso: tudo o que é proibido é mais gostoso. Portanto, proibir não vai adiantar nada. Pelo contrário, só vai tornar o Carnaval ainda mais tentador para o cristão, levando-o a cobiçar o que há de pior na festa da carne.

Além do mais, a abstinência carnavalesca gera certo orgulho no coração de muitos cristãos. Algo do tipo que vemos esboçado na oração do fariseu na parábola de Jesus. Ainda que não haja as mesmas palavras, o sentimento é o mesmo. Veja como ficaria essa oração atualizada:

“Senhor, graças te dou porque não sou como esses foliões que desperdiçam quatro dias de suas vidas se divertindo na festa da carne. Graças te dou porque não sou um despudorado como aqueles que pulam carnaval seminus, que se entregam aos prazeres libidinosos... São mesmo uns tolos... Mas bem-feito pra eles! A alegria deles só dura até a quarta-feira de cinzas, enquanto a minha durará para sempre. Tomara que peguem uma doença! Tomara que chova no dia do desfile. Tomara que o carro alegórico enguice em plena avenida. Enquanto eu fico aqui no meu canto me deleitando em minha justiça própria e me orgulhando de minha santidade.”

Se você não gosta de Carnaval, ou se o reprova considerando-o um acinte à fé cristã, simplesmente não brinque. Mas não se sinta melhor do que os que brincam. Nem desdenhe de sua alegria, ainda que passageira. Sem querer espiritualizar demais, ore por eles, para que Deus os guarde enquanto brincam. Se quiser abster-se, faça-o por amor a Cristo, se entende que isso, de alguma maneira, irá agradá-lo. Mas jamais faça para sentir-se melhor do que ninguém.

Do outro lado do espectro, encontramos os que aderem à celebração carnavalesca por acharem ser compatível com a sua fé e vivência cristã. Creem que é possível brincar, sem entregar-se aos prazeres carnais. Vestem sua fantasia, seguem blocos animados, levam seus filhos a bailinhos, mas procuram manter uma postura que não firam os princípios e valores do evangelho.

Há que se tomar redobrados cuidados porque ambas as posturas incorrem em seus próprios riscos. Se a primeira, esbarra no legalismo farisaico, a segunda tem grande potencial de empurrar-nos na vala da libertinagem, expondo-nos a tentações para as quais não tempos “defesa imunológica.” Nossos “anticorpos” espirituais não foram devidamente ativados, principalmente quando nascemos e crescemos em berço cristão. Aí, cumpre-se o que diz o adágio: “Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza.”

Ademais, os que adotam tal postura sofrem o assédio do mesmo orgulho encontrado nos que preferem se abster. Se os primeiros se sentem mais santos, esses se sentem mais “cool”, descolados, antenados ao espírito de sua época.

Paulo diz que não devemos usar da liberdade que a graça nos oferece para dar ocasião à carne (Gálatas 5:13). E isso é o que fazemos, não quando usamos ou deixamos de usar uma fantasia, ou quando pulamos ou deixamos de pular Carnaval, mas quando nos deixamos motivar pelo orgulho e não pelo amor.

A controvérsia do Carnaval bem que poderia ser comparada à controvérsia envolvendo a dieta dos cristãos na época de Paulo. Parafraseando o apóstolo, poderíamos dizer:

“Um crê que pode brincar Carnaval, e outro, prefere abster-se. O que brinca não despreze o que não brinca; e o que não brinca, não julgue o que brinca; porque Deus o recebeu por seu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, e se solta durante os dias de Carnaval, mas outro julga iguais todos os dias, entendendo que sua alegria não depende de um calendário. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente (...) Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor (...) Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo (...) De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão. Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda. Mas, se por causa do Carnaval se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua folia aquele por quem Cristo morreu (...) Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros. Não destruas por causa do Carnaval a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que brinca com escândalo. Neste caso, é melhor nem pular Carnaval, nem encher a cara, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se brinca Carnaval está condenado, porque não brinca por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.” Romanos 14:1-23

Se estiver pensando em pular Carnaval só para magoar alguém, não o faça. Se estiver pensando em pular Carnaval para insultar seu pastor, sua comunidade, sua família, não o faça. Se a ideia é virar o assunto do dia entre os irmãos na fé, escandalizando-os, não o faça.

Que o que lhe mova seja o amor. Não importa se vai seguir o bloco, ou até se vai à avenida assistir ao desfile das escolas de samba, ou se prefere ficar em casa vendo Netflix ou em um retiro espiritual com o pessoal da igreja, a única coisa que realmente importa é que o que lhe mova seja o amor, primeiro a Deus, e depois ao seu próximo. Não julgue quem quer que seja. Não se sinta melhor do que os demais. Não esfregue sua liberdade na cara de ninguém. Apenas, ame. E caso opte por brincar, não custa nada lembrar que seu corpo é o templo do Espírito Santo, então, não o profane, e não permita que ninguém o faça. Não é não! Aja com amor e responsabilidade. Respeite e dê-se o respeito.