Pelo menos três grupos de ativistas gays promoveram “beijaços”
em protesto contra a visita do papa ao Brasil. O ato ocorreu em frente à Igreja
Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado, zona sul do Rio de Janeiro nesta
segunda-feira.
Os grupos também ficaram seminus e chocaram os peregrinos que
passavam para rezar na igreja. Frente à situação, o pastor Silas Malafaia,
conhecido por se expor publicamente sobre a questão homossexual no Brasil,
criticou o ato ressaltando a diferença entre os ativistas gays e homossexuais.
“O segundo grupo quer viver apenas segundo a opção sexual que
fizeram. O primeiro grupo quer ter privilégios e direitos acima de toda a
coletividade social.”
Segundo Malafaia, os ativistas querem “calar” qualquer um que se
opõe às suas práticas e objetivos. “Quer ter a liberdade para fazer o que bem
entenderem, não respeitando os valores e princípios de ninguém.”
Ele acredita também que o objetivo deles não é clamar por
direitos, mas por cercear o direito de outros. “E ter direitos para anarquizar,
esculhambar, denegrir e enxovalhar quem quer que seja.”
“É bom que a sociedade brasileira veja quem são os verdadeiros
intolerantes. Vão para a porta de uma igreja católica nus e seminus para
afrontar as pessoas religiosas com seus atos obscenos. É UMA VERGONHA! E a
imprensa sectária e parcial não faz um comentário para desaprovar uma conduta
ridícula como essa.”
De acordo com um dos organizadores do protesto, João Pedro
Accioly, 19, o objetivo é questionar a influência da Igreja Católica no estado.
O manifestante, que é a favor da legalização do aborto e clama
pelos direitos homossexuais, acredita que tais assuntos não são discutidos por
pressão de setores religiosos.
“Enquanto beijar for uma ofensa, os protestos serão
necessários”, disse João Pedro, segundo o G1.
Fonte: ADIBERJ
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