Mas um samaritano, que ia de viagem,
chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;(Lucas 10:33-34).
Querendo ilustrar as
dimensões de envolvimento que um cristão deve ter, diante das maldades e das
violências sociais, Jesus contou uma história. Uma parte dela nos diz: “Mas um
samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o
ouviu, teve piedade. Aproximando-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas
vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma
hospedaria e cuidou dele.”
Se levarmos a sério os
critérios empresariais contemporâneos, a conduta do chamado “bom samaritano”
seria reprovada, por seu grau de irresponsabilidade. Em linguagem atual, o
viajante samaritano seria representado como um funcionário, ou patrão, que
deixou de levar a sério seus objetivos profissionais. Afinal de contas,
dificilmente alguém, vindo de Jerusalém, iria para Jericó por razões turísticas
– contrário, poderia ser. Pois bem, o tal homem de negócios samaritano, cujos
bens puderam pagar pela hospedaria e pelos cuidados médicos de um João ninguém
assaltado na estrada, interrompe os planos da sua viagem. Ele não levou a
sérios os compromissos previamente assumidos em Jericó? E os perigos que ele,
impensadamente, enfrentou, expondo-se a ser a próxima vítima dos assaltantes? E
dar prejuízo para todo o mundo?
Poucas parábolas de
Jesus contêm, no seu bojo, tantos desafios para os cristãos contemporâneos.
Como vai nossa cidadania, como discípulos Daquele que contou a parábola e nos
mandou fazer o mesmo? Já pensamos em ficar envergonhados, diante do exemplo
embaraçante dos samaritanos de hoje, que nem sequer são membros de nossas
igrejas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário