Em entrevista ao Consultor Jurídico, revista do portal UOL, o
ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio, comentou sobre o costume
brasileiro de ostentar símbolos religiosos em prédios públicos e criticou a
frase “Deus seja louvado” nas notas de Real.
Para o ministro não é
apropriado ter ícones do cristianismo, pois o Estado é laico, ou como explica
ele “o Estado é secular”. Por isso, ele não concorda em ter no plenário do STF
um crucifixo.
“Devíamos ter só o
brasão da República”, disse Marco Aurélio que foi a favor do aborto em caso de
gestação de feto anencéfalo e sustentou sua posição dizendo que “não estamos mais
no Império, quando a religião católica era obrigatória e o imperador era
obrigado a observá-la”.
Sobre a nota de Real ela
diz: “Não consigo conceber que nas notas da moeda Real nós tenhamos ‘Deus seja
louvado’”, continuando seu pensamento sobre o hábito brasileiro de ostentar
símbolos religiosos em prédios públicos, escolas e também na nota que circula
em todo o país.
Na opinião do Ministro
Marco Aurélio a retirada do crucifixo do Plenário do STF só depende dos
integrantes, assim como foi feito no Rio Grande do Sul, estado que na opinião
dele “está sempre à frente em questões políticas”.
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