Em última tentativa da Igreja Católica para impedir a aprovação do aborto na Irlanda, arcebispo diz a deputados que os que votarem a favor estão cooperando com o diabo. |
O arcebispo adjunto de Armagh, Eamon Martin, em uma última
tentativa da Igreja Católica para impedir a aprovação do aborto na Irlanda,
disse esta semana aos deputados irlandeses que votavam a favor da nova lei do
aborto que estariam “em cooperação com o demônio”.
No
entanto, o governo irlandês aprovou nesta quinta-feira sua nova e controversa
lei do aborto, após a Camara Baixa (Dáil) aceitar incluir a ameaça de suicídio
da mãe como um dos motivos para interromper a gravidez.
“O assassinato direto e intencional de qualquer pessoa é
gravemente imoral“, declarou a emissora publica RTE Martin, ecoando a
posição oficial da Igreja católica irlandesa.
Segundo Martin, votar “intencionalmente para promover o
aborto“, que definiu como “o assassinato de uma criança inocente“, é
fazer “um cooperação com o demônio” e não “pode se reconciliar com a fé“.
Atualmente
o aborto é ilegal na Irlanda exceto quando a vida da mãe esta em risco, mas
esta sujeita à interpretação dos médicos que normalmente tendem a recusar-se em
interromper a gravidez por medo de consequências legais ou por convicções
religiosas no mais onde a maioria é católica.
A nova lei
entrará em vigor no próximo dia 18 de julho, substituindo a normativa atual,
que permite interrupções do parto em circunstancias muito limitadas seguindo as
muito vagas estabelecidas pela Constituição.
O texto
propõe agora que as interrupções de gravidez nos casos não considerados “de
emergência” sejam praticadas em unidades ginecologia do serviço público de
saúde, depois que dois médicos certifiquem que existe um “risco substancial e
real” para a vida da mãe.
Ao se
tratar de urgência, apenas um médico poderá decidir se é necessário a pratica
do aborto para salvar a vida da gestante.
No
entanto, os médicos irlandeses poderão recusar em realizar um aborto por
‘objeção de consciência’ embora o hospital continuara sendo obrigado em
oferecer a interrupção da gravidez nos casos apropriados.
Mas é a
inclusão da ameaça de suícido como justificativa para abortar da clausula é o
que mais preocupa alguns conservadores que acreditam que isso abrira a porta na
Irlanda ao que denominam como “abortos por pedido”.
A este
respeito, o projeto de lei propõe que um comitê de três especialistas,
compostas por dois psiquiatras e um obstetra, que averiguasse, o estado de
saúde física e metal da mãe, que não será interrogada ao mesmo tempo pelos
três. Se os especialistas derem luz verde, será a mãe que decidirá seguir
adiante com a interrupção ou não. – nc
Fonte:Portal
Padom
Nenhum comentário:
Postar um comentário