Papa Francisco é o líder católico desde início de 2013, sucedendo Bento XVI. |
O papa Francisco, líder da Igreja Católica, segue firme no seu
propósito de reforma, acreditando que essa deve ser o seu maior legado. “Este é
o início de uma Igreja com uma organização não tão vertical, mas também
horizontal”, demonstrou assim a base de suas ideias. E completou: “Estar aberto
à modernidade é um dever”.
Na terça-feira (1º), o grupo de oito cardeais convocados pelo
argentino começou a apresentar os detalhes para a transformação, colhidos pelo
mundo nos últimos meses. No entanto, as mudanças fazem parte de um longo
processo.
Na mesma data, foi publicada uma entrevista com o pontífice no
jornal italiano La Repubblica. Nessa, Francisco falou sobre sua fé pessoal ao
editor ateu Eugenio Scalfari: “Não há um Deus católico, só há um Deus. Creio em
Jesus Cristo e em sua encarnação. Jesus é meu professor e meu pastor. Deus, o
pai [...] é a luz e o criador. Ele é o meu ser”.
O religioso ainda alertou: “Religião sem misticismo é apenas
filosofia”.
Outra revelação foi o elogio aos membros da Teologia da Libertação,
tendência tradicionalmente atacada pelo Vaticano: “Isso [a perseguição
católica] lhes deu um plus político à sua ideologia, mas muitos deles eram
crentes com um alto conceito de humanidade”, defendeu Francisco.
Sobre sua escolha para suceder Bento XVI, feita por seus colegas
cardeais, no dia 13 de março deste ano (2013), na Capela Sistina, ele comentou:
“Minha cabeça estava completamente vazia e uma grande ansiedade caiu sobre mim.
Para aliviá-la e relaxar, eu fechei meus olhos e todos os pensamentos se foram,
até aquele de não aceitar, o que era permitido pelos procedimentos litúrgicos”.
E mais uma vez o argentino Jorge Bergoglio falou de humildade.
“Igreja missionária e pobre é mais válida do que nunca. [...] Essa é a Igreja
que Jesus pregava”, lembrou.
Ele criticou o egoísmo. “Não gosto da palavra narcisismo. [...]
Indica um amor fora de lugar por si mesmo. O verdadeiro problema é que os mais
afetados por isso, que na realidade é uma espécie de desordem mental, são
pessoas que têm muito poder. [...] Muitas vezes, os chefes são narcisistas”,
concluiu.
O papa deixou claro sua intenção de descentralização. “Essa
visão centrada no Vaticano negligencia o mundo a seu redor e eu farei de tudo
para mudá-la”.
Com informações do The Christian Post
Fonte: ADIBERJ
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