Esta
pergunta não é difícil de responder. Por que razão? Jesus foi claro em dizer
que há joio no meio do trigo. Infelizmente há pessoas em nossas igrejas que não
são convertidas. Não experimentaram o novo nascimento, a conversão genuína ou a
regeneração operada pelo Espírito Santo. Não dão fruto. Essas pessoas são
ácidas, sem empatia, criadoras de confusão, maledicentes, traidoras,
hipócritas, sem afeição natural, críticas ferinas, dissimuladas e despidas de
qualquer temor a Deus. Elas têm aparência de piedade, mas negam a sua eficácia
ou o seu poder. Há lideres assim também. Aproveitadores, desonestos,
mentirosos, dissimulados e que se utilizam de politicagem para agradarem-se a
si mesmos. São populares e querem ficar bem com todos.
A
maldade na igreja é fruto da natureza humana, de Adão, que contamina o
ambiente, os relacionamentos. Paulo encontrou gente assim em Corinto, Colossos
e na Galácia. Escrevendo a Timóteo, na sua segunda carta, ele faz um
diagnóstico que, certamente, incluiu os que estavam dentro das igrejas: “os
homens amarão a si mesmos, serão gananciosos, arrogantes, presunçosos,
blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural,
incapazes de perdoar, caluniadores, descontrolados, cruéis, inimigos do bem,
traidores, inconsequentes, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos
de Deus, com aparência de religiosidade ou piedade, mas rejeitando-lhe o poder” (3.1-5). Há pessoas nas igrejas com
essas características. É triste dizer isso, mas é a pura verdade.
Em
nossas igrejas acontecem coisas do arco da velha. Costumo dizer que pior do que
um incrédulo é um que se diz crente, mas age como ímpio ou incrédulo. Paulo
sofreu muito com esse tipo de gente. Diria sem medo de errar: são poucos os
membros de igreja sinceros, autênticos, coerentes e santos. Vivemos um tempo de
muita profanidade em nossas comunidades eclesiásticas. Há muita imoralidade
entre os líderes e liderados. Quando falo de imoralidade, me refiro a conversas
indecentes, especialmente. Líderes que vivem contando piadas das mais variadas,
de todos os tipos e inimagináveis não recomendadas para um cristão.
Devemos pedir misericórdia a
Deus por nossa incoerência e concessões.
Nós,
líderes, pastores, chamados pelo Senhor por Sua graça e misericórdia, devemos
fazer leituras frequentes do Sermão do Monte, bem como das cartas paulinas,
joaninas e petrinas. Devemos pedir misericórdia a Deus por nossa incoerência e
concessões. Temos sido encontrados em falta. As Escrituras e a oração têm sido
substituídas pela administração eclesiástica e posturas pragmáticas. Muitos
líderes têm tocado obras, prejudicando o cuidado de vidas preciosas. Como
homens comuns chamados para um trabalho extraordinário, precisamos combater
veementemente o pecado, a imoralidade e toda sorte de erro dentro do Corpo de
Cristo. Mesmo que soframos retaliações, prossigamos com os princípios das
Escrituras, com a bandeira da reforma apartir dos ensinos do Senhor Jesus. O
que mais precisamos não é de um choque de gestão, mas de um choque de
santificação, de moralidade bíblica. Urge que busquemos a santificação, sem
a qual ninguém verá o Senhor (Hb
12.14).
Voltemos
à indagação: Por que há tantas pessoas maldosas, ruins, dissimuladas em nossas
comunidades? Por causa da natureza de serpente, herdada da rebelião de Adão.
Jesus fez um corretíssimo diagnóstico do coração do homem em Mateus 15.19, 20: Porque
do coração é que saem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade
sexual, furtos, falsos testemunhos e calúnias. São essas coisas que tornam o
homem impuro. A gênese da maldade está em Romanos 5.12: “Portanto,
assim como o pecado entrou no mundo por um só homem, e pelo pecado, a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, pois todos pecaram”.
A Revelação de Deus é precisa.
Como
podemos combater essa maldade sistêmica? A única maneira é apresentar a
suficiência de Cristo para o coração perverso e desesperadamente corrupto do
homem. A suficiência de Cristo para a insuficiência da religião. O
Senhor Jesus Cristo se manifestou para destruir as obras do diabo (1 João 3.8). Somente vivendo o
evangelho genuíno é que podemos combater a maldade dentro de nossas igrejas.
Examinando nossas vidas e intercedendo por aqueles que envergonham o Reino de
Deus. Sejamos instrumentos de transformação. Exemplos da dignidade de Cristo
Jesus. Que as pessoas vejam Cristo Jesus em nosso viver diário. Ajamos com a
bondade de Cristo. Não julguemos as pessoas, mas demonstremos amor,
misericórdia, graça e o perdão de Cristo, nosso Senhor! Vivamos para a glória
de Deus, combatendo a maldade dentro do Corpo de Cristo, Aquele que derramou o
Seu precioso sangue por nós para que vivamos uma vida santa em todo o nosso
procedimento.
Pr. Oswaldo Luiz Gomes
Jacob
Pastor da Segunda
Igreja Batista em Barra Mansa – RJ
Colunista deste
Portal
Fonte: Adiberj
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