Da Redação, com Adiberj:
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“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre atuantes na obra do Senhor, sabendo que nele o vosso trabalho não é inútil” (1 Co 15.58).
Estamos vivendo um tempo muito dificil, caracterizado pela ênfase no sentimento como referencial ético; dispersão como proposta de um desligamento dos problemas; pelos relacionamentos descartáveis com base nos interesses pessoais; pela busca desenfreada do deus chamado entretenimento; pelo individualismo travestido de defesa da privacidade; e pragmatismo, buscando resultados não importando os meios.
Como líderes cristãos, temos compromisso com uma adoração bíblica, espiritual (João 4.24); um aprendizado equilibrado das Escrituras (Mateus 11.29); uma comunhão fraternal exuberante (Atos 2.42-47; 4.32-37) e um testemunho cheio do poder do Espírito Santo (Atos 1.8). Somos chamados a mudanças profundas a partir do coração, a um compromisso ético e a um serviço amoroso e misericordioso nesta sociedade egocêntrica, narcisista e insensível, voltada, na sua maioria, somente para as coisas que se veem, que é a marca da incredulidade. Não nos esqueçamos de que devemos ser revolucionários e proativos à semelhança de Cristo Jesus, nosso Senhor e modelo de líder.
O momento que estamos atravessando está claramente narrado nas Escrituras (2 Timóteo 3.1-5). Jesus mesmo já havia profetizado em Mateus 24 que os tempos seriam muito difíceis. Como homens e mulheres de Deus, precisamos ter olhos clínicos, percepção apurada do tempo complicado que experimentamos, procurando sempre dar respostas relevantes com base na Palavra de Deus. Devemos ser pessoas íntegras, de um só coração, uma só palavra, honestas, sinceras, transparentes e verdadeiras e não hipócritas. Nós, líderes, devemos ser leais ao Senhor e uns aos outros. Não se admite líderes (para mim não são líderes) falsos, causadores de intrigas, dissimulados, críticos ferozes e destrutivos ou desconstrutores de caráter, legalistas de plantão, maledicentes, insensíveis, irresponsáveis, sem amor pelas pessoas perdidas, que fazem corpo mole, que não se aplicam no que fazem. Falam muito e fazem muito pouco. Estes líderes estão se diluindo em sua incoerência. Estão fadados ao fracasso.
Como podemos responder a estes tremendos desafios e problemas de caráter? Certamente com muita oração, devoção na Palavra, sabedoria, discernimento, mansidão, amor, disciplina, exortação e a busca pela comunhão, pela unidade. Devemos ser tomados de um descontentamento santo diante de toda esta imoralidade, violência, corrupção, de todo este hedonismo que revelam a degradação da sociedades. Também, esta acomodação ou letargia que caracterizam as comunidades de fé. Somos chamados à santificação sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14).
Que tenhamos o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (Filipenses 2.5-11). Aprendamos dEle que é manso e humilde de coração (Mateus 11.29).
Diante desses fatos irrefutáveis, o nosso proceder deve ser sempre com base nas atitudes e nos atos de Jesus (Mateus 5.38-48). Andarmos em amor como Cristo nos amou e a Si mesmo se entregou por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave (Efésios 5.2). Não desanimemos, mas prossigamos olhando para Jesus, o autor e consumador da fé (Hebreus 12.1,2). Devemos amar a igreja do Senhor e não fazer críticas maldosas e destrutivas acerca dela ou em relação a qualquer pessoa. Façamos as críticas olhando nos olhos do nosso irmão ou da nossa irmã em nossas comunidades marcadas pelo amor fraterno. Aprendamos a lidar com pessoas que pensam diferente de nós. Tudo o que fizermos dentro e fora da igreja que o façamos com excelência, esmero e zelo. Deus e as pessoas estão nos vendo. Deus vê as intenções e as pessoas, as ações. A busca da qualidade deve ser sempre imperativa em nossas igrejas e em nossos ambientes laborais. Não admitamos trabalho relaxado, sem qualidade por parte dos líderes. O Senhor, Seu Reino e a Sua Igreja estão acima de nós, líderes.
Muito interessante o que disse Henri Nouwen, em seu livro “O perfil do líder cristão do século XXI”:
“Os líderes cristãos não podem, simplesmente, ser pessoas que têm opiniões formadas sobre questões polêmicas do nosso tempo. A sua liderança deve estar fundamentada no relacionamento permanente e íntimo com o Verbo encarnado, Jesus. É aí que devem encontrar a fonte para as suas palavras, conselhos e direções. Através da disciplina da oração, os líderes cristãos devem aprender a ouvir vez após vez a voz do amor, e a encontrar lá a sabedoria e a coragem para tratar quaisquer questões que lhes parecerem. Tratar de questões polêmicas, sem estar fundamentado num profundo relacionamento pessoal com Deus, facilmente leva à divisão, porque quando menos esperamos o nosso ego se envolve com a nossa opinião sobre um determinado assunto […] Se a liderança cristã quiser ser verdadeiramente frutífera no futuro terá que deixar o campo estritamente moral e passar para o sobrenatural”.
Que o Pai nos ajude nesta caminhada difícil, mas exuberante em Cristo Jesus, nosso Senhor até que Ele volte para buscar os que realmente são Seus, membros do Seu Corpo. Que em nossas atitudes e em nossos atos Deus, o Pai, seja glorificado! (1 Coríntios 10.31).
Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Colunista deste Portal
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