O programa “Academia em Debate” da Universidade Presbiteriana
Mackenzie discutiu sobre a corrupção nas igrejas, falando do mau uso do
dinheiro vindo dos fiéis e da questão de isenção fiscal às denominações.
O reverendo Augustos
Nicodemos Lopes é o apresentador do programa e esteve entrevistando o professor
de ciência da religião Paulo Romeiro que com propriedade abordou o assunto
expondo temas polêmicos e mostrando uma possível solução para tentar acabar com
essa corrupção.
“Uma boa parte da igreja brasileira se tornou altamente corrupta”, disse Romeiro. “As igrejas se tornaram muito criativas no levantamento de fundos, você vai encontrar uma campanha depois da outra, um objeto depois do outros”, complementa o professor falando das trocas promovidas por grandes igrejas neopentecostais.
“Uma boa parte da igreja brasileira se tornou altamente corrupta”, disse Romeiro. “As igrejas se tornaram muito criativas no levantamento de fundos, você vai encontrar uma campanha depois da outra, um objeto depois do outros”, complementa o professor falando das trocas promovidas por grandes igrejas neopentecostais.
O professor não é contra
a arrecadação das ofertas, mas critica a forma como esse dinheiro é coletado e
administrado. Para ele as pessoas continuam indo nessas igrejas porque a
corrupção está enraizada na sociedade brasileira.
“Existe uma cultura da
transgressão”, diz ele que acredita que o distanciamento dos valores bíblicos
transformou a mensagem do Evangelho em autoajuda, sem a pregação da Cruz e dos
valores cristãos.
Outro tema debatido no
programa foi acerca da isenção de impostos para igrejas, a legislação
brasileira cede esse benefício, pois essas instituições teriam caráter
filantrópico, o que nos dias de hoje não ocorre mais. Tanto Nicodemus Lopes
como Paulo Romeiro acreditam que é necessário rever essa isenção, pois as
denominações se tornaram em negócios.
“O problema é que estão
entregando o dinheiro da viúva pobre para enriquecimento próprio”, disse o
chanceler do Mackenzie. O problema da hierarquia também é tratado, já que em
muitas dessas igrejas é apenas um líder que comanda e não há prestação de
contas.
O programa abordou
diversos assuntos chegando a comentar de casos que tomaram grandes proporções
no Brasil. No final Romeiro define porque a corrupção está tão infiltrada no
meio evangélico: “Hoje as igrejas se preocupam mais com o carisma do que com o
caráter”.
Assista:
Fonte: ADIBERJ
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