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(ILUSTRAÇÃO) |
2 Cor 5:17 “E, assim,
se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis
que se fizeram novas.
“Nova criatura” - esta expressão usada pelo apóstolo Paulo é muito comum no meio da Igreja, mas, será que ela é bem entendida?
“Nova criatura” - esta expressão usada pelo apóstolo Paulo é muito comum no meio da Igreja, mas, será que ela é bem entendida?
Teve um tempo, não muito distante, em que ser “nova criatura” significava aquele indivíduo que acabara de ser recebido em uma igreja evangélica. Logo de cara lhe era explicado que ele devia deixar de beber, fumar ou mais algum item de uma lista pré-estabelecida. Neste tempo, a “nova criatura” se isolava de seus amigos, familiares, pois, afinal de contas, a “nova criatura” era tão justa que as demais pessoas não eram dignas de sua amizade e presença.
Porém, hoje vivemos outro extremo. “Nova criatura” deixou o âmbito de um pequeno grupo religioso em nosso país e ganhou as grandes mídias, as massas, a TV. Ser “nova criatura” ganhou status de uma pessoa próspera, sem problemas financeiros ou de saúde. Agora, para essas “novas criaturas”, não há muita cobrança moral ou uma postura ética para as suas ações; tudo vale, desde que semeie o dinheiro no solo fértil de uma igreja que se acha a portadora do monopólio das bênçãos de Deus.
Entretanto, olhando para o contexto do versículo bíblico acima citado, vemos outra realidade do significado de ser “nova criatura”. Primeiro, ser “nova criatura” significa estar em Cristo, isto é, dentro da nova aliança fundamentada no sacrifício do Filho de Deus. É crer que aquEle que não conheceu pecado o fez pecado por nós (v21). É ter a consciência de que foi aceito por Deus mediante os méritos vicários de Jesus. Esta consciência produz mudança de vida, o “eu” morre. Aqueles que foram beneficiados pela morte e ressurreição de Jesus não podem viver mais para si mesmos (v15).
Assim, quando nos tornamos “novas criaturas”, é de se esperar mudança de vida, contudo não podemos perder o foco que não somos melhores do que ninguém. Se fizermos ou deixarmos de fazer algo é porque a mesma graça de Deus que nos chamou para salvação está operando em nós produzindo frutos de santificação.
Ser “nova criatura” possui outra conseqüência: “somos reconciliados com Deus e nos tornamos reconciliadores” (v18) onde “tudo provém de Deus” (v18), tanto a reconciliação como o nosso ministério de reconciliação. Logo, a mensagem de Paulo é teocrática, a iniciativa e a execução são ações de Deus.
Portanto, podemos nos aventurar a dizer que ser “nova criatura” envolve a gratidão, não a arrogância, de sermos separados por Deus por meio de Jesus Cristo e, também, envolve a consciência da incumbência de sermos os seus embaixadores (v20).
Licenciado Rodrigo
Reis Pracone
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