Dia da Igreja Perseguida!

terça-feira, 12 de março de 2019

Os filhos de Deus e o mundo


“Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.” (1 João 3.1)
Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. É o que João escreveu. O que ele teria pretendido dizer com isso? As vezes habita o coração e é demonstrado na atitude do crente, uma certo distanciamento dos outros. Em conversas e pregações dentro do círculo crente (tomo o termo “crente” para significar nós, evangélicos), é frequente uma referência ao mundo e aos do mundo num sentido de distinção e distância. Creio que o significado de João envolva a ideia de diferença. Há uma diferença entre os que creem e experimentam o grande amor de Deus e os que ainda não o fizeram.  Os escritores bíblicos afirmam que essa experiência torna-nos filhos de Deus, há uma nova vida, novas perspectivas e possibilidades. Nesse sentido, nem todos são filhos de Deus, pois nem todos creem e experimentam o grande amor de Deus.
O que cria essa distinção entre “filhos de Deus” e “o mundo”, não é a seleção dos melhores e desprezo dos piores. Também não se trata dos que merecem e dos que não merecem. Os “filhos de Deus” também são pecadores e neles não há méritos algum. Não há impedimento e nem um limite de vagas, de modo que nem todos possam ser “filhos de Deus”. Talvez ainda não sejam porque ainda não entenderam essa possibilidade, ainda não ouviram ou não deram ouvidos à proposta do Evangelho de Jesus. João diz que os que são do mundo não conhecem os filhos de Deus, pois não conhecem aquele que torna pecadores em filhos de Deus. Diante disso, qual a responsabilidade dos que são chamados filhos de Deus? Muitas. Se você é filho de Deus, se já foi envolvido pelo grande amor de Deus, tem responsabilidades para com o mundo.
Você tem a responsabilidade de demonstrar e testemunhar a todos, ainda que não seja compreendido, o maravilhoso amor de Deus. Tem a responsabilidade de não discriminar, rejeitar ou afastar-se, como se fosse “o especial” e “santo” desviando-se dos “comuns” e “pecadores”. O mundo não conhece os filhos de Deus porque não conhece o amor que os tornou filhos. Mas todos os filhos de Deus conhecem o mundo, sabe o que significa viver sem o amor de Deus. Seja por experiência, seja por inferência. O mundo não pode compreender o filho de Deus, mas o filho de Deus pode compreender o mundo. E aí está sua responsabilidade: ser luz e sal em meio ao mundo (Mt 5.13-14). Veja, se você conhece a graça e o amor de Deus, se foi perdoado e tem esperança eterna, tudo resulta do grandioso amor de Deus. Não haja como se fosse melhor ou superior. Não haja como  um presunçoso religioso. Haja como um pecador agradecido. Partilhe com outros o amor que tem mudado sua vida! Ajude outros a conhecem o que ainda não conhecem!


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